A revolução digital tem transformado nosso olhar diante das imagens do mundo moderno. A pequena célula fotoelétrica que chamamos de pixel tornou-se termo comum da utilização profissional à doméstica. Cada um a seu jeito faz imagem e se faz imagem no cotidiano desta sociedade carregada de signos – enchem suas máquinas de pixels e cores numa forma de mostrar ao mundo o que vê, ou mesmo o que só uma boa lente pode alcançar.
Neste campo de significados, o vídeo aliado a outro espaço de representações, o da cultura, toma corpo e se faz meio de comunicação inerente à produção sócio-cultural. Isto pode ser certificado na utilização do vídeo na maioria dos Pontos de Cultura da Bahia e do Brasil, sendo que em muitos destes espaços as atividades são centralizadas exclusivamente em torno da produção videográfica.
Aprender a lidar com a imagem, contudo, deve envolver além da sensibilidade, profissionalismo. Deve ser algo mais que postar um vídeo no YouTube ou submetê-lo à uma mostra. Técnicas de enquadramento, de utilização da câmera devem estar associadas a teorias e práticas que contemplem o vídeo não só como veículo imagético, mas também como instrumento de conscientização, mobilização e reflexão sócio-cultural. Talvez este seja o papel de cada instituição que se propõe a ser um diferencial em seu território, expandindo suas ações por meio do vídeo e se efetivando como um verdadeiro Ponto de Cultura.
Júnia Martins
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